Hoje em dia, no mundo da medicina estética, a radiofrequência bipolar é uma das tecnologias favoritas quando se trata de combater os sinais de envelhecimento, como a flacidez e a má qualidade da pele, sem ter que passar por uma cirurgia.

Entre todas as opções de radiofrequência existentes, a versão bipolar tem uma vantagem: pode trabalhar de forma muito mais precisa e controlada exatamente onde é necessário. O que a torna num tratamento localizado e feito à medida.

Mas, para entender por que a radiofrequência bipolar é tão popular, primeiro precisamos ver o quadro completo: o que é exatamente a radiofrequência? E como é que consegue esse efeito “wow” na pele?

Para que serve a radiofrequência na medicina estética?

A radiofrequência (RF) é uma forma de energia eletromagnética, com ondas de alta frequência, que, quando aplicada ao tecido vivo, gera calor controlado.

No contexto estético, esse calor induzido penetra nas camadas médias da pele (derme e até mesmo tecido subdérmico) e produz dois efeitos principais:

  • Retração do colagénio existente (efeito imediato de “retracção”)
  • Estimulação dos fibroblastos para produzirem novo colagénio e elastina, o que ativa o processo de rejuvenescimento cutâneo

As diferentes modalidades de radiofrequência (monopolar, bipolar, multipolar, fracionada) variam na forma de condução da energia e na profundidade de penetração.

O que é a radiofrequência bipolar?

A radiofrequência bipolar é aquela em que a energia é transmitida entre dois elétrodos (polo positivo e polo negativo), colocados relativamente próximos um do outro no cabeçote (aplicador) do dispositivo.
A corrente flui entre esses dois polos através do tecido localizado entre eles.

Características principais

  • Maior controlo do que a radiofrequência monopolar:
    Como os polos estão próximos, a energia flui sempre num ciclo — do polo positivo ao negativo — permitindo “dirigir” a RF à zona específica que está a ser tratada.
    A RF monopolar, por outro lado, não possui um polo negativo; pode descarregar energia, mas não segue uma direção específica.
  • Maior segurança:
    Ao exigir que a energia viaje dentro de uma área controlada entre os dois polos, é possível regular melhor a intensidade do aquecimento e reduzir o risco de danificar tecidos adjacentes ou causar queimaduras.
  • Limitação no efeito sobre gordura profunda ou tecido muito profundo:
    Em comparação com as modalidades monopolares, a bipolar pode ser menos eficiente para atuar em camadas muito profundas ou tratar volumes grandes de tecido.

Além disso, existe a modalidade combinada chamada radiofrequência bipolar fracionada, que divide a energia em microcolunas (zonas pontuais) dentro da área tratada, deixando zonas saudáveis entre elas, o que facilita uma recuperação mais rápida e resultados mais duradouros.

Para que serve a radiofrequência bipolar?

O uso da radiofrequência bipolar em estética tem múltiplas aplicações, especialmente em áreas faciais ou zonas onde se procura maior precisão e controlo.

  1. Rejuvenescimento facial
    • Redução de rugas e linhas de expressão
    • Melhora a textura e luminosidade da pele
    • Redefinição do oval facial e do pescoço leve
  2. Tratamento de flacidez moderada
    • Atua em zonas de flacidez facial (por exemplo, bochechas, papada), melhorando a firmeza do tecido.
  3. Cicatrizes e textura da pele
    • Pode melhorar cicatrizes de acne, poros dilatados ou irregularidades de textura quando usada na modalidade fracionada.
  4. Zonas corporais de volume moderado
    • Em alguns casos, pode ser utilizada para tratar pequenas áreas com gordura localizada ou flacidez leve, especialmente quando a intensidade e profundidade são adequadas.

Vantagens destacadas

  • Tratamento não invasivo ou minimamente invasivo: não requer cirurgia, cortes nem longos tempos de recuperação
  • Procedimento rápido, com sessões entre 10 e 30 minutos, dependendo da área
  • Geralmente bem tolerado: sensação de calor confortável, e possíveis efeitos secundários temporários como vermelhidão ou leve sensibilidade
  • Efeitos cumulativos e progressivos: os resultados melhoram sessão após sessão, já que a produção de colagénio continua após o tratamento

A radiofrequência bipolar da InMode

Para compreender como esta tecnologia é aplicada em equipamentos reais, vejamos o que a InMode (empresa de tecnologia médica estética) oferece com as suas ferramentas baseadas em radiofrequência.

Morpheus8 Burst: radiofrequência bipolar fracionada de nova geração

O Morpheus8 Burst é um sistema que combina radiofrequência bipolar com microagulhas (microneedling), permitindo que a energia penetre até 5 mm de profundidade na pele.

Por estar equipado com microagulhas, o dispositivo “injeta” a radiofrequência nas camadas profundas do tecido, minimizando o dano à superfície.

Esta tecnologia é usada para tratar papada, pescoço, bochechas, linhas de expressão, zonas corporais com flacidez e remodelação de volume.

Também existe a versão Morpheus8 Burst Deep, que, ao contrário do modelo Burst, foi desenhada para tratamentos em grandes áreas corporais.
Graças ao aumento no número de microagulhas (de 24 para 40) e na capacidade de penetração (de 5 mm para 7 mm), o tratamento pode ser realizado de forma mais rápida e uniforme, sem perda de qualidade.

Morpheus8 Burst

QuantumRF: precisão em radiofrequência bipolar

Na InMode, contamos com a tecnologia QuantumRF (em duas versões: QuantumRF10 e QuantumRF25) — um sistema de radiofrequência bipolar 100% interna, desenvolvido para médicos experientes que pretendem elevar a sua prática e garantir resultados de alta qualidade aos seus pacientes.

O QuantumRF25 foi concebido para tratamentos corporais de retração de tecido (a cânula mede 25 cm, daí o nome), como abdominoplastias, lipoaspirações, lifting de pernas, LipoHD, etc.

Por outro lado, a versão RF10 (cânula de 10 cm) foi pensada para tratar o terço inferior do rosto, o pescoço ou zonas delicadas, como os joelhos e o pregueado axilar.

QuantumRF

Vantagens da tecnologia InMode

  • Capacidade de personalização: diferentes versões (modalidades) permitem adaptar o tratamento conforme a zona e a profundidade necessária, independentemente do tipo de pele do paciente (ao contrário dos lasers).
  • Redução do tempo de tratamento e uniformidade na aplicação: graças à forma como a RF é distribuída, o risco de assimetrias é mínimo. O equipamento fornece informações em tempo real para monitorizar a distribuição da energia.
  • Segurança e conforto: o sistema controla a temperatura em tempo real para evitar complicações, garantindo que o tratamento seja o mais tolerável, confortável e, sobretudo, seguro.

Cuidados, contraindicações e possíveis efeitos secundários

Embora a radiofrequência bipolar seja considerada um procedimento seguro, é importante ter em conta alguns aspetos de precaução e possíveis efeitos secundários:

Pós-tratamento esperado

  • Vermelhidão temporária na área tratada
  • Sensação de calor ou leve inchaço
  • Em tratamentos mais intensos, podem surgir pequenas crostas ou descamação controlada
  • Leve sensibilidade em casos pontuais

Estes efeitos costumam desaparecer entre 24 e 72 horas, quando o procedimento é realizado corretamente.

Contraindicações comuns

  • Gravidez e amamentação
  • Distúrbios de coagulação
  • Presença de pacemakers ou outros dispositivos eletrónicos implantados
  • Infeções ativas na pele, feridas abertas
  • Doenças cutâneas inflamatórias ativas na zona
  • Histórico de queloides severos ou cicatrização anómala

A radiofrequência bipolar é uma tecnologia valiosa na medicina estética para o rejuvenescimento, melhoria da firmeza cutânea e tratamento eficaz da flacidez leve a moderada.
A sua principal vantagem reside em oferecer um aquecimento focalizado e controlado, permitindo atuar com segurança em zonas delicadas do rosto e pescoço.

Os avanços tecnológicos desenvolvidos pela InMode demonstram como estas modalidades podem ser aperfeiçoadas para oferecer tratamentos mais precisos, eficazes e seguros, seja na sua versão não invasiva, com microagulhas (fracionada) ou com cânula.